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críticas de filmes por pessoas que simplesmente gostam de filmes, oras!

Piaf - Um Hino ao Amor


Tenho uma quedinha por filmes que provocam polêmica na crítica. Aqueles que depois de um tempo geram centenas de comunidades do orkut de "X é superestimado/subestimado", sabem? Pois é.

Talvez seja por isso que não dei muita atenção ao Piaf. Até hoje não ouvi uma crítica negativa sobre ele e isso me desanimou um pouco... até assisti-lo ontem. Ele é realmente maravilhoso.

Trata da vida da cantora francesa Edith Piaf, desde tenra idade até sua morte. E, gente, que vida essa mulher teve! Saúde frágil na infância, mãe desnaturada, pai que foi para a guerra e a deixou em um puteiro bordel pertencente à avó, pai que volta e a leva para o circo... E isso é só o começo, para ter sequência em uma rotina de excessos e tristezas.

O filme não é linear, é às vezes fica até confuso. Só mais para o final, por exemplo, é que entendi qual era a doença que ela tinha. Mas isso não tira absolutametne nenhum mérito, a direção é excelente. Gostei dos detalhes, da iluminação, das tomadas, tudo.

Entretanto, o que realmente merece destaque é a interpretação da Marion Cotillard. Perfeita, brilhante. Só para vocês terem noção, percebam a diferença de aparência da moça na vida real e no filme:


incrível, não?


Há uma cena em que Piaf sofre uma perda muito importante e, meodeos, tive que dar pausa no filme pra parar de chorar. Sério. É de uma intensidade tão absurda que corta o coração de qualquer um. Só de lembrar dela fico triste.

Aliás, não entendo como alguém pode dizer que esse filme é lindo. Ele é bem feito, extremamente bem interpretado, mas com uma história tão cinza... a cada segundo eu pensava "e agora, qual será a próxima desgraça?". Seria como dizer que o Lista de Schindler (guardadas as devidas proporções, óbvio) é lindo. Não é lindo. É sumamente triste. E tá, tudo bem, pode haver beleza na tristeza, mas enfim. Não vou discutir isso agora, heh.

É claro que a vida da Piaf não foi um Desventuras em Série. Ela viveu intensamente, teve affairs com meio mundo (apesar disso não ser mostrado no filme) e também conheceu meio mundo. Ela pegou o Marlon Brando, minha gente! Marlon fuckin' Brando. Meus respeitos.

Poderia falar e falar e falar do filme, da pesquisa que fiz depois sobre a vida dela, etc. Mas acredito que o maior chamariz seja ver a verdadeira diva em ação.


Se vocês não sentiram absolutamente nada vendo esse vídeo - nem pela expressão de Edith ou pela música - não vejam o filme. Simples assim.
Se gostaram... depois do La Môme vão gostar mais ainda.

ficha técnica
título: La Môme (2007)
duração: 140 minutos
direção: Olivier Dahan
roteiro: Olivier Dahan e Isabelle Sobelman
curiosidade: sabem a famosíssima música La Vie En Rose? Piaf é quem fez letra. pois é.

avaliação:

você acredita em fadas?


a história de "peter pan" nunca me encantou.
não sei se por hoje em dia não haver magia ou inocência o suficiente. ou pelo fato de toda vez que se ouve a palavra "neverland" logo ligamos ao rancho de michael jackson e o resto você sabe.
assisti ao filme de peter pan duas vezes, a luana gosta pois tem fadas e crianças.

porém, nesse último final de semana me deparei com um filme tendo um elenco sensacional, mas o nome era meio blé: em busca da terra do nunca
resolvi encarar mesmo assim, minha musa estava nele, e eu não iria perder. heh.
e gente, chorei.
igual bebê. chorei, chorei, chorei mesmo. o tempo todo.

o filme se trata de uma parte da vida do escritor james barrie.
james é um autor de teatro de sucesso, mas ultimamente a crítica andava sendo dura com suas peças. procurando inspiração, james vai até os parques de londres e conhece uma jovem viúva, sylvia, e seus quatro adoráveis filhos (michael, jack, peter e george).
james e sylvia constroem uma bela amizade, e james vê na família de sylvia uma forma de ser livre e ter a infância e o afeto que nunca teve.
ao mesmo tempo, james vê seu casamento desmoronando e é obrigado a escrever uma peça que seja perfeita.
usando os filhos de sylvia como inspiração, james cria a história de um garoto que nunca iria crescer, que vivia numa terra cheia de piratas, fadas e magia.
o peter pan.




é claro que james se inspirou no pequeno peter (filho de sylvia) pro nome do personagem. no filme, peter é um garoto sério e um tanto amargo pelas grandes perdas em tão pouco tempo de vida. james tenta mostrar aos garotos que não há nada de errado em ser criança, em imaginar, criar, brincar e se divertir.

o filme é suave, tem momentos extremamente tristes onde johnny depp é impecável (como sempre). a gente até tenta achar uma brecha, um erro ou um tropeço, mas não adianta, johnny depp vai morrer como um dos melhores atores de sua geração. e nem adianta tentar negar isso.
jutanto à beleza da minha musa, kate winslet, tão porcelanada e perfeita no seu sotaque britânico, co-estrelas de luxo, tipo dustin hoffman e as crianças-atores tão reais.
um filme lindo, bem feito, cores perfeitas, cenários perfeitos, elenco de morrer de tanto babar.

desse jeito, até eu comecei a ver magia em peter pan, com uma ponta de melancolia.
a vida de james deve ter sido muito triste


ficha técnica
título: finding neverland, 2004.
duração: 106 minutos.
direção: marc forster
roteiro: david magee, baseado na peça de allan knee.

avaliação:


notas: james foi co-tutor dos garotos davies quando seus pais morreram. peter cometeu suicídio em 1960, se jogando na frente do metrô. é dito que ele era muito infeliz e nunca conseguiu se dissasociar do personagem que levava seu nome.

links sobre autor e obra:
jm barrie
sobre peter pan
fotos e questões sobre a história
 
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