Recorrendo aos exemplos.
Um é o mitológico, antológico, insuperável “The Warriors” (na versão brasileira, como cortesia, com o subtítulo “Os Selvagens Da Noite”). O filme é exaustivamente mencionado no youtube, em blogs especializados, em textos nerds sobre games... Citar qualquer passagem é covardia, é sacanagem com os demais trechos perfeitos (esse por exemplo). É uma lenda, um ícone. Aliás, cogitar Warriors na galeria trash não é unanimidade... pra isso recorro aos méritos da dublagem com sotaque de malandro carioca, o absurdo constrangedor que torna as falas inesquecíveis. Como a versão mais divulgada do filme é a dublada – justamente por seu apelo ao ridículo – é obrigatório enquadrar “Warriors”. Este seria o Trash bom.
Outro é “Zombie Strippers” (veja o trailer). Apesar da aura quase cult, o filme força demais – como naquela cena de luta onde bolas de sinuca tem uma vagina zumbi como mecanismo de propulsão de ataque. Evidente que os caras só queriam avacalhar. Eis o Trash ruim.
Cinema Trash fica melhor enquanto um resultado inesperado de esforços aparentemente aleatórios, ou descompromissados, não como um objetivo inicial esquematizado. Ou quando querem se levar a sério e o resultado é revelador, surpreendente de tão ruim. Péssimo. Ruim ao ponto de ser bom.
Enfim, pra finalizar, nesse trash de zumbis com mulheres bem torneadas há uma cena que remete ao classicão “Warriors”. Justamente a que eu citei logo no princípio do texto: garrafinhas tilintantes intimando o inimigo pra porrada. Procurei a passagem no youtube e não achei. Mas temos cenas da batalha...
Vocês sacaram??
ficha técnica I
título: The Warriors
duração: 90 minutos
direção: Walter Hills
roteiro: David Shaber e Walter Hill, baseado em livro de Sol Yurick.
avaliação:
ficha técnica II
título: Zombie Strippers!
duração: 94 minutos
direção: Jay Lee
roteiro: Jay Lee
avaliação: