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críticas de filmes por pessoas que simplesmente gostam de filmes, oras!

the last stand.


eu já estava com vergonha de postar isso aqui. e agora estou mais ainda por causa do último post da colega rachel. todo mundo vendo filmes interessante, legais, que acrescentam algo nas nossas vidas vazias. que lindo.
mas como eu sou uma fã super abobada, vou jogar a vergonha de lado e postar mesmo, e babar mesmo. até porque eu já assisti o filme umas três vezes com a desculpa de "capturar" imagens pro pipoca.



o lance é que eu sempre me amarrei (oi?) em x-men. adoro, mesmo. sempre quis ter poderes também e fico vidrada vendo quais poderes seria legal ter, tipo se transformar em qualquer pessoa ou ter várias cópias de mim mesmo.
mas o assunto hoje é o filme x-men, o confronto final que o nome mesmo diz, é um confronto final. heh.
o último (espera-se?) de uma cine-série, o terceiro filme dos mutantes gira em torno da saga da fênix e da cura. calma, eu vou explicar. pra ler esse post, você tem que ter assistido o segundo filme. se não viu ainda, vá ver. e, lógico, se você viu o segundo, deve ter visto o primeiro. não viu também?
pô, então não reclama depois.

mas seguintch, depois da mutante jean grey se sacrificar pra salvar a vida dos seus colegas x-men, seu namorado ciclope fica atordoado. o mundo não pára, portanto os mutantes precisam continuar vivendo e lutando por sua causa. ao mesmo tempo, é divulgado que um laboratório achou a "cura" para os mutantes, um vacina que anula os poderes definitivamente. e daí a nação se divide, há os mutantes que têm medo de seus próprios poderes e querem uma vida normal (vide vampira e sua impossibilidade do toque) e há aqueles que julgam que os que querem ser curados, traidores da própria causa.
nessa bagunça, magneto aproveita pra formar seu "exército", a irmandade mutante.

e um dia, misteriosamente jean grey volta e ciclope some.
é muito complicado explicar no que a jean se transforma, mas é chamada de fênix. ela não tem controle de seus poderes, que são muito mais do que ela mesmo imagina.
e daí começa a guerra, de um lado a irmandade, os mutantes mauzinhos e mal-encarados, do outro o exército e suas armas. no meio deles, os x-men.

pra quem não sabe bulhufas de x-men, deve ser até monótono aparecer um personagem e você nem saber quem é ele, na verdade. mas pra gente, que sabe o nome, sobrenome, de onde vem e qual é o poder... entende?
mesmo assim, é super legal ver as batalhas.
e ver o fera em cena; o x-men diplomata, com aparência felina. o melhor de todos lutando.
as aparições, pequenas mas marcantes, do anjo.
adorei ver um pyro mais charmoso e com um lado malvado mais definido.

mas senti falta do gambit (PECADO ter deixado ele de lado).
de uma vampira mais "hard" e menos chorosa.
achei grosseiro ignorarem o noturno, que foi muito importante no segundo filme.
e sinceramente, a calisto do filme não lembra nem de longe a calisto que conhecemos.

filme cheio de méritos, ótimas cenas, ótimos diálogos e atores deram conta do recado. lógico que não foram muito fiéis com os hq's, mas se virem alguém detonando o filme, é birrinha de fã de quadrinhos.



fera e o menino da cura


olha aí o anjo saindo do armário. heh. adoro essa cena.


scott nervosinho, ui.


sabe que eu amo essas transformações da mística.


halle barry, eu te odeio. beijos.


lince negra e juggernaut. também amo essa parte.


olha aí o pyro, dando um chega pra lá num outro mutante menos charmoso.


"porque eu sou o bonzinho mauzinho"


duelo entre o homem de gelo e o pyro. os malvados sempre se vestem melhor.


carrie, a estranha? hehe


colossus protegendo vampira. que lindo.


mutantes também amam e fazem essa cara horrorosa pra chorar.



e que venha o filme do wolverine.
nele, pelo menos eu sei que haverá um gambit.
=.=


ficha técnica

título: x-men: the last stand, 2006.
duração: 104 minutos
direção: brett ratner
roteiro: simon kinberg, zak penn

avaliação:

Persona




Esse vai ser um relato rápido, de um filme cult, o primeiro Bergman da minha vida. Calma, calma. Nada de histeria estudantes de cinema. Foi mesmo o meu primeiro Bergman e nem doeu. Achei que tinha que ser uma pessoa muito profunda para esse tipo de filme. Pensei errado. Pensei de uma forma boba. Pensei. Hey, eu penso! Posso ver Bergman.

O filme se chama Persona, é de 1966 e é preto e branco.

Uma atriz no palco perde a fala por dez segundos numa cena tensa, vai pra casa e amanhece completamente muda e apática. A atriz é bela, casada e com um filho pequeno, mas esses não passam de coadjuvantes figurativos. Uma enfermeira é designada para seus cuidados. Uma enfermeira jovem, talvez um tanto inexperiente, talvez um tanto ingênua.

Mesmo sem a fala a atriz cria um certo laço afetivo com a moça insegura e elas se tornam amigas. Talvez até mais do que isso na cabeça da jovem enfermeira. Fica meio incerto se a atriz está sendo dissimulada ou sincera. Mas a amizade segue, com direito a alta do hospital e dias de bebedeira e revelações num local afastado do mundo onde a enfermeira narra a história de sua vida e a atriz apenas escuta. Silenciosamente.

A vulnerabilidade é algo fatal nos relacionamentos. Ninguém gosta de se sentir vulnerável ao outro. Eis então que surgem os problemas do paraíso. Possivelmente deslumbrada, a enfermeira começa a assumir a personalidade da atriz e a atriz deixa a fantasia ganhar proporção talvez por ser dissimulada e má, talvez por não enxergar maldade. Sabe-se lá Deus. As crises aumentam. As brigas. Tomadas longas. A cena do caco de vidro. E segue.

O fato mais interessante para mim no filme é como nós não estamos preparados para ouvir pequenas verdades a respeito de nós mesmos. Coisas absolutamente verdadeiras e concretas, ditas (no caso do filme escritas) sem maquiagem, machucam tanto que a gente mal sabe o que nos atingiu. E tudo como a gente conhece desmorona. E por causa de uma verdade. Apenas uma verdade.

O filme é bonito e artístico, menos do que eu achava, na medida certa para o meu gosto. Diálogos enormes, cenas lentas, coisas desconexas, final bastante enigmático. Aliás o filme inteiro é um dos mais enigmáticos e lentos e climáticos. Muito bonito.

Não doeu e foi bom.
Recomendado.

os imperdoáveis.




se existe um gênero de filme que me seduz demais e eu não sei patavinas é faroeste.
eu já disse que devo ter sido um cowboy do texas em alguma encarnação passada, por isso adoro esse climão de poeira, madeira e donzelas e suas honras.
mas em os imperdoáveis não há donzelas, e sim prostitutas.

e um belo dia, uma delas é desfigurada com uma faca por um cliente maluco.
tudo que o xerife faz é castigar o autor e seu amigo mandando eles darem alguns cavalos ao dono do prostíbulo. mais nada. as prostitutas ficam iradas e decidem elas mesmas se vingarem: oferecem mil dolares pra quem matar os dois, o autor e seu amigo.

nisso, um jovem matador vai atrás do mais cruel, filho da puta e desgraçado assassino que já existiu: william munny.
o lance é que munny levava uma vida pacata criando porcos e cuidado dos filhos. pois encontrou jesus e... aha brincadeira. na verdade ele havia se apaixonado, se casou e sua mulher lhe mostrou como é bom ser do bem. munny, ficara viúvo e passava por dificuldades financeiras.
o fato de poder dividir uma recompensa com um moleque falador e cheio de pose poderia tirá-lo do buraco e assim ele voltaria com a nova vida decente.
munny então entra em contato com seu companheiro de matança, ned logan, e os três partem rumo à seus alvos.

como disse, eu não entendo patavinas de faroeste.
mas não há nada melhor do que ver a boquinha torta de clint eastwood, os diálogos de efeito de gene hackman e a atuação sempre impecável de morgan freeman.
e tiros pra todos os lados, homens maus, rudes, fazendo cara feia.







ficha técnica
título: the unforgiven, 1992.
duração: 131 minutos
direção: clint eastwood
roteiro: david webb peoples

avaliação:

Death Proof 2007






Death Proof, filme que estreará nos cinemas do Brasil em março, já andou baixando aqui em casa. Antes de qualquer coisa preciso dizer que gosto do Tarantino. Eu gosto bastante de Cães de Aluguel, Jackie Brown, Pulp Fiction e Kill Bill 1 e 2. E agora entra na lista Death Proof.

O filme é bem trabalhado e cheio de firulas engraçadinhas. Já mencionei que gosto de detalhes, certo? É que sou uma pessoa detalhista. E gosto de senso de humor também. E Tarantino faz o que quer e faz bem.

As primeiras cenas parecem se ambientar nos anos 70, defeitos no som, cortes, sujeirinhas e manchinhas aqui e ali – como se o filme estivesse mal conservado - e uma trilha sonora sempre fantástica. Na verdade sem trilha, só boas canções. Há momentos em preto e branco e depois fica tudo colorido. Há replays de diversos ângulos de uma determinada cena, deixando claro o que acabara de ocorrer, e também aumentando a magnitude da violência – aviso aos mais frágeis: dói. Também há algumas referências a Kill Bill, como o toque do celular e o carro que o segundo grupo de mulheres gostosas dirigem.

A trama é simples e o final interessante. Kurt Russel velho - Tarantino sempre chegado em atores falidos (a.k.a John Travolta) e possivelmente admirador de John Carpenter – dirige um carro “À Prova de Morte”. Ele, que é dublê e que também se chama “Dublê Mike”, sente prazer matando menininhas com o seu super reforçado carrão, aquele à prova de morte, da morte dele claro. Logo, o psicótico Dublê Mike, passa seus dias perseguindo mulheres gostosas que sabem se divertir pelas estradas americanas. E é isso. Não dá para contar mais sem spoilers.





Os diálogos são longos e engraçados, femininos e muito machos também. Rapazes ficarão felizes com a pancadaria, as mulheres gostosas e as perseguições de carro. As moças ficarão felizes com os diálogos mulherzinhas sem bichice, a pancadaria e as perseguições de carros. Numa hora dá aquela tensão. Noutras também.

Fica a pista da dublê da Uma Thurman no melhor papel do filme.

Mas olha, só posso dizer que:

Lá vai:

Mulheres que dirigem e acreditam no girl power, cuidado. Já sei exatamente o que fazer da próxima vez que assaltarem o meu carro.





avaliação:

Sonhando Acordado


Eu fui uma das milhares de pessoas que se apaixonaram pelo Michel Gondry depois de ter assistido Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, não tenho o menor pudor de dizer. Depois desse filme - e de ter achado a direção fantástica, já que o roteiro era do Charlie Kaufman - procurei outros trabalhos do titio francês e passei a admirá-lo ainda mais. O cara é bom mesmo.

Quando soube do seu último filme, com Gael García Bernal e tratando sobre sonhos, tive faniquitos. Uau, uau. Ontem finalmente consegui assisti-lo...

clique para ampliar
... e me decepcionei. A última coisa que eu esperava era não gostar. Quero dizer, eu gostei, pero no mucho. Fui pesquisar por aí o que outras pessoas acharam, descobri que sou minoria chinfrim. Portanto, minha opinião pode não ser de muita valia para você. Vou me resumir à história do filme por enquanto.

Trata-se do jovem e inventivo Stéphane Miroux (Bernal), um mexicano de mãe francesa que se muda para o país materno após a morte de seu pai. Em Paris, descobre que o emprego e os colegas que lhe arranjaram não eram exatamente o esperado e se apaixona por sua vizinha, Stéphanie (Charlotte Gainsbourg). Até aí, nada de surpreendente, exceto que o filme é falado em três línguas.

O atrativo da história é que Stéphane mistura a realidade com os sonhos, além de utilizá-los como válvula de escape para os seus medos e fantasias (sim, ele os manipula). Os cenários oníricos (e são vários e vários) são todos feitos em stop motion e com técnicas antigas, como papel celofane e algodão. Visualmente excêntricos e bonitos. Os cacarecos que Stéphane cria são adoráveis também.
(Vou parar por aqui pra não soltar spoilers)

Disseram que o filme é fofíssimo sem ser açucarado demais, que é uma das melhores histórias românticas modernas contadas, que "pegou lá no fundo". OK, fiquem à vontade para acharem isso, mas penso exatamente o contrário. Não achei tão fofo, nem tão romântico, nem me pegou no fundo ou no raso. Não é para qualquer tipo de espectador, ou para ser assistido sem prestar muita atenção. É bonito, sim, é complexo, sim, é Gondry, sim. Mesmo assim, não surtiu efeito algum em mim além do mediano.

Estou frustrada, de verdade. Me pareceu uma coletânea de trabalhos anteriores - o que poderia ser muito bom - que acabou sendo um mais do mesmo sem muito tempero ou liga.

Devo estar azeda, sobretudo.
(mas louca para assistir A Natureza Quase Humana, o primeiro filme dele!)

ficha técnica
título: La science des rêves (2006)
duração: 105 minutos
direção: Michel Gondry
roteiro: Michel Gondry

avaliação:

Vamos começar com o pé direito


Filmes do Hitchcock. Eu poderia falar sobre os filmes do Hitchcock para sempre. Sou um clichê ambulante que ama, fala, respira e faz camisetas. Prazer, eu sou uma fã insuportável do Hitchcock. Comprei/baixei/importei todos o que pude, todos o que tive contato e que pude pagar. E vou ter que cair no clichê novamente e dizer que jamais detestei ou sequer desgostei de algum. Nunca. Sei que há os filmes mais fracos, mas eles são sempre tão bem cuidados e organizados que jamais poderiam ser considerados ruins, pelo menos não na minha opinião. É, é. Fazer o que? Um filme do Hitchcock é sempre um FILME do Hitchcock, e essa é a minha opinião.

Para evitar a repetição e quinze posts com todos os canecos de cerveja explodindo e gritinhos desnecessários de bravo, irei apontar meus dedos para os dois (só? tão difícil) que mesmo depois de muitas e muitas repetições ainda me fazem apertar o play e assistir como pela primeira vez toda vez.




ROPE (1948)



Em tempo real, pouquíssimos cortes (10 ao todo e seriam menos, porém o rolo de filme só dura 8 minutos), tomadas longas e perfeitas. Technicolor. O filme gira em torno de dois universitários que planejam o crime perfeito. O delito consiste em enforcar um amigo em comum, guarda-lo em um baú para livros no meio da sala de estar, convidar a mãe, o pai, o melhor amigo, a noiva e o professor intelectual da faculdade para uma festa, e em meio a piadinhas repletas de humor negro, não serem pegos.

Pra quê? Para provar que alguns poucos seres superiores devem ter o direito de matar seres comuns, tolos e estúpidos sem remorso. Quem são os seres superiores? Todos aqueles acima das noções de bem e de mal, certo e errado e que duvidam dos conceitos morais. Intelectuais que não precisam das normas da sociedade capazes de julgar o mundo através de suas grandes visões pessoais.

Há um clima de peça de teatro no filme. E a sensação que fica é que não houve corte algum e que tudo fora gravado de uma vez só. Os closes que Hitchcock dá na manga ou nas costas do paletó dos atores para a troca de filme passam desapercebidos. Tudo isso enquanto o telespectador se contorce no sofá torcendo para, mesmo que em meio a tantas pequenas suspeitas e climões, ninguém abra o maldito baú.

Outro detalhe é a sempre perfeita atuação de
James Stewart, queridinho do Hitch (ai a intimidade) e meu também. Perfeito como o mentor abelhudo dos rapazes que no fim se arrepende das teorias disseminadas a seus pupilos.

Mas sem spoilers.









REAR WINDOW (1954)


James Stewart está também no filme Rear Window, ou Janela Indiscreta (1954). Esse para mim é o filme mais rico em detalhes do Hitckcock e provavelmente o meu favorito.

Stewart é um grande fotografo destemido, acostumado a fotografar nas mais selvagens locações mundiais, e está limitado a uma cadeira de rodas após um acidente que lhe quebrou a perna.

Confinado em seu pequeno apartamento num bairro bastante peculiar e sem nada para fazer durante o dia, Stewart passa a observar a vida de cada um de seus vizinhos. E são vizinhos interessantes. Hitch não se poupou ao detalhar com pequenos fatos e cenas a vida da dançarina gostosa, do pianista solitário, da solteirona solitária, dos recém casados, das brigas domésticas e das brigas da vizinhança.

Apesar da câmera nunca deixar o apartamento e o único ponto de vista ser o ponto de vista de Stewart, Hitchcock conta tão bem a história de cada um que é natural passar a se interessar pelo que aconteceu com esse ou aquele vizinho. Afinal, aquele que nunca espiou pela janela a vida de alguém que atire a primeira pedra.

Okay. Sendo um filme do Hitchcock é provável que alguém cometa um assassinato. O crime perfeito.

E quando Stewart passa a observar o comportamento suspeito de seu vizinho vendedor de bijuterias e o rápido sumiço de sua reclamona e adoentada esposa, a idéia começa a pairar sobre a cabeça de todos sem se comprovar claramente. Tudo o que vemos é pela janela e durante as cochiladas que Stewart tira na alta madrugada. Não ouvimos gritos, serrotes, sangue, nada. Apenas saídas estranhas na madrugada e o já mencionado sumiço da esposa.

E que começem as investigações!

Para mim é o bastante para uma grande trama, riquíssima em detalhes e com grandes atuações (até mesmo da pouco bela Grace Kelly) e da engraçadissima enfermeira, sem mencionar vocês-já-sabem-quem. Afinal, Hitch era um diretor de atores que jamais os desrespeitou, mas que sempre fez valer as suas visões.

Isso sem mencionar as cores, o senso de humor, a câmera, as mãos que ficam suadas e com o reflexo involuntário de gritar com a televisão para que a mocinha se esconda ou para que alguém venha ao socorro de Stewart quando ouvimos os passos do suposto assassino entrando em seu apartamento escuro.


Mas não.
Sem nenhum spoiler.
Vejam, vejam.
Esses são muito mais do que recomendados, são obrigatórios.

 
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