tooooodo mundo falando loucamente de juno e de como ele é fofo e etc e tal.
e eu, como sou muito jovem e descolada, baixei ontem e assisti hoje de tarde. e agora escrevo aqui. sei que só meus amigos lêem, então posso dar vazão à minha nerdice e comentários vazios de uma - completa - não profissional.
primeiro: sim, juno é fofo.
filme linear, sem emoções extremas ou reviravoltas. você sente o que vai acontecer. e é realista. demais.
como o tema é gravidez precoce, agradecemos por não ter nada daquela coisa teatral e exagerada de adolescentes em pânico e pais histéricos. eles estão em pânico e histéricos, mas conseguem se conter e procurar um saída rápida.
pois a barriga de juno esta crescendo.
apresentações? ah precisa?
então tá. juno é uma menina considerada "estranha", roqueirinha, invisível na escola (exceto por uma provável paquera recalcada) e tem seu círculo de amizade. até aí, pode ser eu, ou você.
apesar de toda "atitude" e segurança, juno é mais um ratinho assustado de 16 anos. e pra piorar as coisas, ela engravidou.
e antes mesmo de contar ao pai e à madrasta, juno já tinha achado a solução do seu problema, e numa cena incrivelmene calma, ela revela tudo.
impossivel não falar do meu flashback. JAMAIS eu ficaria calma daquele jeito, tive antes que me debulhar em lágrimas e dizer 400 vezes pra mim mesmo que minha vida tinha acabado e que eu queria morrer. é, dentro da gente é desse jeito, mas vendo por fora, nem é tão bagunçado assim.
e o filme se segue, juno quer entregar seu bebê à adoção, encontra os pais perfeitos e começa a enfrentar problemas típico de adolescentes, como um baile de formatura, e problemas típico de adultos, como viver uma vida de mentira e se anular pelos outros.
eu adorei, mas sinceramente não entendo o fuzuê em cima dele.
é uma coisa super bem feita, mas um tema meio desgastado. o final é exatamente o que demonstra ser, nada de surpresinhas e reviravoltas típica do cinema.
seria um filme de vida de alguém, que resolveram jogar no oscar.
ficha técnica
título: juno, 2007.
duração: 96 minutos.
direção: jason reitman.
roteiro: diablo cody.
avaliação:
acho desnecessário dizer que chorei os últimos 20 minutos finais sem parar.
mas é porque não posso ver mulher parindo, eu choro mesmo. por mais sangue, dor, gritos e sofrimento, é um momento lindo e mágico que só quem teve filho pode entender.